sábado, 5 de maio de 2012

Acácia-bastarda


ACÁCIA-BASTARDA - DESCRIÇÃO

Em 1601, Jean Robin, Jardineiro do Rei Henrique IV de França, que tratava das plantas medicinais, recebeu, vinda dos montes Apalaches, situados na América do Norte, uma semente que enterrou na Praça Dauphine, em Paris.
 Trinta e cinco anos depois, a árvore nascida dessa semente foi transplantada para o Jardim Botânico de Paris. Lineu batizou a planta com o nome de Robinia, em homenagem a Robin. Mais tarde a árvore tornou-se espontânea e difundiu-se por toda a Europa, exceptuando o Norte, pois não suporta o frio, a humidade, e sobretudo os ventos que quebram facilmente os seus ramos e agitam com violência a sua bela copa.
  Tem preferência pelos solos bem drenados, os quais, aliás, consolidam as suas raízes. As abelhas têm uma preferência especial pelo rico néctar das flores da acácia-bastarda.
  Com os cachos floridos podem preparar-se xaropes, uma agradável água de toilette e um vinho tónico obtido pela maceração de 15 a 20 gramas de flores em 1 litro de vinho tinto. As sementes e a casca da referida planta não devem ser ingeridas. A raiz é tóxica, apesar de ter um sabor doce, pelo que deve ser proibida às crianças


  ACÁCIA-BASTARDA - ORIGEM E UTILIZAÇÃO MEDICINAL
Habitat: Zonas temperadas da Europa, solos ricos e profundos, em Portugal, cultivada como planta ornamental, até 700 metros.
 Identificação: de 10 a 30 metros de altura, árvore, tronco grosso, ramificando-se bastante em baixo, ramos patentes, casca profundamente gretada, ramos lisos, folhas grandes, imparipinuladas, com 9 a 25 folíolos, ovais, inteiros, tenros, com estipulas transformadas em 2 espinhos persistentes, entre os quais se dissimula a gema, flores brancas (Maio-Junho), em cachos pendentes, cálice com 5 dentes, corola papilonácea, vagem castanha , pendente, glabra, com 10 a 12 sementes duras, raízes vigorosas, que se prolongam horizontalmente, invasoras, com nodosidades. Cheiro penetrante e aromático, sabor doce.
.
 Partes utilizadas: Flores (Maio-Junho), e folhas.

Componentes: heterósidos, óleo essencial, enzima, compostos cetónicos, tanino, pigmentos flavónicos
  
Propriedades: anti-espasmódico, colagogo, emoliente, tónico.
U.I.
Ver: anemia, cefaleia, estômago, fígado, indigestão.

* U.I. = uso interno
  U.E. = uso externo

sábado, 28 de abril de 2012

Abrunheiro_bravo


ABRUNHEIRO-BRAVO - DESCRIÇÃO
Os abrunheiros_bravos formam, a partir de Março, nas falésias marítimas, magnificas moitas cor de neve, cheias de ninhos de aves. São plantas rústicas e invasoras, podem, se não foram controladas, abranger vastíssimas áreas.
 Em semelhança com o framboeseiro-selvagem, o seu tempo de vida é aproximadamente igual ao do homem.
 Os abrunhos, pequenas drupas  (Drupa é um tipo de fruto carnoso, com apenas uma semente. Certos autores restringem ainda mais o termo a apenas frutos carnosos com uma semente, sendo esta aderida ao endocarpo de maneira que só pode ser separada mecanicamente. Um exemplo deste tipo de fruto é o pêssego, mas também ocorre em famílias como Chrysobalanaceae.) redondas e azul-escuras, quando maduras cobertas de uma pruína  cerosa, são dotados de um encanto irresistível.
 Estes frutos não são comestíveis, mas raramente alguém deixa de os provar, pelo menos uma vez por ano, no Outono, para saborear a sua aspereza.
 É necessário esperar que as primeiras geadas moderem este gosto antes de colhê-los para a preparação de licores ou aguardentes. As sua propriedades adstringentes são utilizadas em medicina, sendo indiferente que os frutos estejam verdes, frescos, secos ou maduros.
 As flores, cujo sabor a amêndoa amarga resulta da da presença de uma substância geradora de acido cianídrico, são também utilizadas. A casca e as folhas contêm igualmente essa substância, por esta razão, é conveniente respeitar as doses indicadas.
 As folhas secas deste arbusto são apreciadas por alguns fumadores de cachimbo. As flores são colhidas em botão.

 ABRUNHEIRO-BRAVO - ORIGEM E UTILIZAÇÃO MEDICINAL
Habitat: Europa,sebes, bermas, até 1600 metros
 Identificação: de 1 a 3 metros de altura, arbusto espinhoso, ramos patentes, viçosos quando jovens, depois de um preto-brilhante, ramos espinhosos com folhas e grande numero de raminhos patentes (em ângulo quase recto). Folhas verde escuras, pequenas, ovadas, serradas, pubescentes e em seguida glabras, com pecíolo curto e estipulas viçosas, flores brancas matizadas de cor-de-rosa (Março - Maio) antes das folhas, numerosas, pequenas, pedunculadas, 5 sépalas campanuladas, 5 pétalas brancas, 1 estilete, numerosos estames, drupa azul-escura, glabra, encoberta com uma camada cerosa (pruina), com caroço globoso, quase liso, toiça com turiões. Cheiro agradável, sabor áspero
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 Partes utilizadas: casca, folhas, flores e frutos.

Componentes: tanino, heterósidos, ciano-genéticos, vitamina C.
 Propriedades: adstringente, depurativo, diurético, laxativo, sudorífico, tónico.
U.I. U.E.*
Ver: acne, boca, crescimento, cura de Primavera, fadiga, furúnculo.

* U.I. = uso interno
  U.E. = uso externo







sábado, 21 de abril de 2012

Abrótano-Fêmea


ABRÓTANO-FÊMEA - DESCRIÇÃO

O aroma penetrante e intenso do abrótano-fêmea, a delicadeza do seu aspecto aveludado e a harmonia dos seus caules finos, encimados por pequenos capítulos amarelos, contribuíram para que os jardineiros o elegessem como flor ornamental
 No estado espontâneo, prefere o sol mediterrânico, os rochedos e as encostas áridas, colonizando também as campas e a terra dos cemitérios.
 Os etimologistas ( Etimologia (do grego antigo ἐτυμολογία, composto de ἔτυμον e -λογία "-logia"[1]) é a parte da gramática que trata da história ou origem das palavras e da explicação do significado de palavras através da análise dos elementos que as constituem.[2] Por outras palavras, é o estudo da composição dos vocábulos e das regras de sua evolução histórica.[3]
Algumas palavras derivam de outras línguas, possivelmente de uma forma modificada (as palavras-fontes são chamadas étimos). Por meio de antigos textos e comparações com outras línguas, os etimologistas tentam reconstruir a história das palavras - quando eles entram em uma língua, quais as suas fontes, e como a suas formas e significados se modificaram.
Os etimólogos também tentam reconstruir informações sobre línguas que são velhas demais para que uma informação direta (tal como a escrita) possa ser conhecida. Comparando-se palavras em línguas correlatas, pode-se aprender algo sobre suas línguas afins compartilhadas. Deste modo, foram encontrados radicais de palavras que podem ser rastreadas por todo o caminho de volta até a origem da família de línguas indo-europeias.
A própria palavra etimologia vem do grego ἔτυμον (étimo, o verdadeiro significado de uma palavra, de 'étymos', verdadeiro) e λόγος (lógos, ciência, tratado) encontraram para o seu nome duas origens possíveis: da palavra italiana santo, santo, devido às suas múltiplas virtudes, ou da palavra grega xanthos, amarelo, evocando a cor das suas flores.
 As sumidades floridas, que se colhem em Julho, possuem uma acção estimulante, estomacal e emenagoga; são ainda  antiespasmódica, podendo também ser utilizadas em infusão para as cólicas de estômago Além disso a planta tem grande procura devido à acção vermifuga das  suas sementes,que podem substituir o sémen-contra ou santónico, medicamento obtido da variedade stechemanniana Besser de Artemisia  marítima L., das estepes do Turquestão Russo.
 Cazan receitava o abrótano-fêmea para tratar a tinha. A denominação de guarda-roupa foi-lhe atribuída porque, pendurado em ramos nos roupeiros e armários, protege a roupa e o vestuário das traças.


 ABRÓTANO-FÊMEA - ORIGEM E UTILIZAÇÃO MEDICINAL

Habitat: Europa, região mediterrânica, rochedos, colinas áridas e calcárias, subespontâneo em algumas zonas da Beira Litoral, Estremadura e Alentejo litoral, até 1000 metros.

 Identificação: de 20 a 50 centímetros de altura, vivaz, caule lenhoso na base, espesso, com numeroso ramos erectos e pubescentes, folhas viçosas, esbranquiçadas, pequenas, estreitas, penatifendidas, com dentes obtusos, flores amarelo-douradas (Junho-Agosto), tubulosas, em capítulos solitários, globosos, na extremidade dos ramos, receptáculo vestido de brácteas interflorais, aquénio calvo com 4 ângulos, dos quais 2 são mais salientes. Cheiro intenso, sabor amargo, acre e aromático.

 Partes utilizadas: sumidades floridas, sementes e folhas (antes da floração), secagem em ramos suspensos.

Componentes: óleo essencial, resina, tanino, principio amargo.

 Propriedades: antiespasmódico, emenagogo, estimulante, vermifugo.

U.I. U.E.*

Ver: fadiga, insectos, parasitose.

* U.I. = uso interno
  U.E. = uso externo




quinta-feira, 19 de abril de 2012

Abeto Branco


 O abeto branco tem cerca de 55 anos de existência, e ultrapassando os formidáveis movimentos geológicos da era quaternária em descendência chegou até aos nossos dias.

ABETO BRANCO - DESCRIÇÃO

 O abeto branco é uma planta que pode atingir os 800 anos, é uma magnifica conifera  (
As coníferas são as plantas gimnospérmicas da divisão Coniferophyta (ou Pinophyta), na sua maior parte árvores, mas também arbustos escandentes, presentes nas regiões tropicais e temperadas do planeta, onde são a principal componente da flora alpina. São os vegetais capazes de viver mais tempo. Entre os pinheiros da Califórnia, há exemplares com mais de 4.600 anos. No Hemisfério Norte, as coníferas formam extensos bosques em zonas de clima rigoroso que não podem ser povoadas por outras árvores.
Exemplos de coníferas são as árvores do género Pinus, como os pinheiros da europa (P. pinaster, P. pinea, P. sylvestris, etc.), os abetos, os chamaciparis, as sequóias, os cedros, os ciprestes, as araucárias (pinheiros-do-paraná), etc. As sequóias da Califórnia são consideradas gigantes por sua altura e robustez, uma vez que chegam a medir mais de 100 m de altura e podem viver mais de 3.000 anos. Um espécime de pinheiro da espécie Picea abies (a espécie que mais se usa como árvore de Natal), encontrado no Parque Natural Fulufjället, Dalarna (Suécia)[1], passou a ser considerado a planta mais antiga de todo o planeta, com mais 9 500 anos de idade.).

 Pelo seu porte  majestoso, o abeto branco é considerado o rei das florestas, perfeitamente piramidal, com enormes ramos opostos regularmente abertos, estreitando-se para o vértice. Estes grandes abetos formam frequentemente nas vertentes sombrias dos maciços montanhosos, cerradas florestas com sombras rectilíneas que se estendem pelas encostas, sem contudo, atingir as planícies.

 Antigamente, os médicos utilizavam a terebintina (Terebintina ou terebentina é um líquido obtido por destilação de resina de coníferas.) com cheiro a limão extraída da sua resina, mas actualmente, esta substancia foi colocada de parte, sendo substituída pela do pinheiro.

 Os fitoterapeutas (Fitoterapia (do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal), mantiveram-se fieis não só à resina recente do abeto, mas também ás agulhas e aos gomos ainda fechados. Estes últimos, muito pequenos e tão activos como os do pinheiro, são bastante difíceis de secar e conservar, se bem que as suas importantes propriedades justifiquem as precauções necessárias e uma atenta vigilância durante a colheita.

 Os abetos têm cheiro levemente limonado e sabor ligeiramente acre.



ABETO BRANCO - ORIGEM E UTILIZAÇÃO MEDICINAL

Habitat: Europa Central e Meridional, montanhas de 400 a 2000 metros.

Identificação: até 50 metros de altura, árvore, tronco erecto, casca lisa, esbranquiçada, seguidamente escurecida, ramos escalonados em plano horizontal, concentrando-se no vértice com o decorrer dos anos, gomos resinosos, agulhas simples, achatadas, dispostas em duas filas, verde-escuras, lustrosas na página superior, durando entre 8 a 11 anos, flores entre Abril e Maio, monóicas, amentilhos masculinos fixados na face interior dos ramos, amentilhos femininos, primeiramente vermelhos e depois verdes e castanhos, formando em seguida longas pinhas erectas (16 cm) com brácteas acuminadas que caem com as sementes.

Partes utilizadas:  agulhas, resina fresca, gomos (Primavera), secagem em camadas finas.

Componentes:  óleo essencial, terebentina, provitamina A.

Propriedades:   antiescorbútico, anti-espasmódico, anti-séptico, diurético, expectorante, revulsivo,  sudorífico,

U.I. U.E.*

Ver: banho, bronquite, cistite, enfisema, frieira, leucorreia, menstruação, pé, sudação, úlcera cutânea, varizes.


* U.I. = uso interno
  U.E. = uso externo

terça-feira, 17 de abril de 2012

Segredos das Plantas Prefácio

 



Olá a todos!

Já vinha a algum tempo com a ideia de "desenhar" este blogue, pela simples razão de informar as pessoas a respeito do beneficio de utilizar as plantas como alternativa ao uso de medicamentos ou em conjunto com os mesmos para uma cura ou tratamento muito mais eficaz.

Aqui, neste blogue, terão informação sobre várias plantas, em conjunto com a sua foto para identificação. Irei descrever as mesmas e explicar as várias formas de utilização no seu uso medicinal.

Espero que gostem, e que sigam de perto este blogue com atenção.